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Diplomacia Guineense: Entre a Abertura ao Mundo e o Fecho Institucional

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🔍 Reflexão sobre o papel da Guiné-Bissau no cenário internacional A Guiné-Bissau encontra-se num ponto de inflexão diplomática. Por um lado, manifesta sinais claros de abertura ao mundo — participações em fóruns internacionais, alianças regionais, presença em cimeiras multilaterais, e o reforço das relações bilaterais com países estratégicos. Essa aproximação reflete uma vontade política de integrar-se ativamente no concerto das nações, defender interesses nacionais e reposicionar-se como um ator relevante na sub-região da África Ocidental. Por outro lado, essa abertura contrasta com a fragilidade institucional interna. As sucessivas crises políticas, a instabilidade governativa e os bloqueios institucionais revelam um fecho para dentro, um entrave à consistência das políticas externas e à credibilidade do Estado no exterior. Quando as instituições são fracas, os compromissos assumidos no plano internacional ficam vulneráveis à mudança repentina de prioridades políticas internas. Nest...

CRÓNICA – AMOR COM PREÇO: QUANDO O NAMORO É UM NEGÓCIO

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 Por Miguel Vicente Datchuplam Era uma vez o amor, mas agora é contrato. Hoje, namorar virou investimento. Há quem procure um parceiro como se escolhesse um banco: estabilidade, rendimento e status. Os sorrisos já não vêm do coração — vêm do bolso recheado. Os jantares românticos? Estratégia. As palavras doces? Cartas de negociação. Vivemos tempos em que o interesse se disfarça de afeto. Onde há mais "o que tens?" do que "quem és?". As redes sociais tornaram-se vitrines de um amor maquiado: viagens pagas, roupas de marca, selfies ensaiadas. Tudo para manter a ilusão. No fundo, é um namoro por conveniência. É querer a pessoa não pelo que ela é, mas pelo que ela pode oferecer. E quando a fonte seca — o amor evapora. Sem presentes, sem viagens, sem transferências bancárias, o coração que dizia "te amo" de repente não sente mais nada. Porque nunca sentiu. Porque nunca foi amor — foi contrato com data de validade. Nos becos das cidades, há corações partidos que...

O MUNDO PRECISA DE PAZ E NÃO DE GUERRAS

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Vivemos num tempo em que os gritos das bombas abafam as vozes da razão. A humanidade, tantas vezes dividida por fronteiras, interesses e ódios antigos, esquece que somos todos feitos do mesmo sangue, do mesmo medo, da mesma esperança. O mundo precisa de paz. Uma paz verdadeira, construída com justiça, diálogo e empatia. Não uma paz imposta pela força, mas uma que floresce do respeito mútuo, do direito à dignidade e à vida. As guerras — sejam armadas ou silenciosas — só semeiam luto, fome e destruição. Nenhuma bala ensina o amor. Nenhum tanque constrói um futuro. Cada vez que uma criança morre num campo de batalha, morre um pedaço da nossa humanidade. Cada vez que um povo é silenciado, cala-se a liberdade do mundo. Precisamos reaprender a olhar uns para os outros com compaixão, a resolver conflitos com palavras e não com pólvora. A paz não é uma utopia distante. Ela começa em pequenos gestos: no respeito às diferenças, no cuidado com o outro, no compromisso com a verdade e a solidarieda...

RENAJ E OS PARTIDOS POLÍTICOS: ENTRE A REPRESENTAÇÃO JUVENIL E O JOGO DO PODER

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A juventude guineense, tantas vezes celebrada nos discursos e ignorada nas decisões, vive no limiar entre a esperança e o cansaço. No meio desta tensão social e política, a RENAJ – Rede Nacional das Associações Juvenis da Guiné-Bissau surge como uma plataforma que deveria representar os interesses da juventude, mobilizar consciências e construir pontes para o futuro. Mas a pergunta que ressoa entre os becos das cidades e os trilhos do interior é inquietante: para quem serve a RENAJ hoje? Para os jovens ou para os partidos políticos? É inegável o papel importante que a RENAJ pode ter na promoção da cidadania ativa, no empoderamento juvenil e na defesa dos direitos sociais. Em teoria, é uma rede independente, plural, apartidária. Mas na prática, há sinais preocupantes de instrumentalização política, onde a juventude se transforma em escada para a ascensão de lideranças partidárias ou em massa de manobra durante campanhas eleitorais. A relação entre a RENAJ e os partidos políticos tem sid...

Juventude: A Força Vital da Paz

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A juventude representa mais do que uma faixa etária — ela é esperança, movimento e transformação. Na Guiné-Bissau, um país marcado por instabilidades políticas, tensões sociais e desafios económicos, os jovens surgem como protagonistas incontornáveis na construção da paz e da democracia. Durante décadas, os jovens guineenses foram vistos apenas como beneficiários das políticas públicas. Hoje, exige-se um novo olhar: eles são agentes ativos da mudança. Nos bairros, nas universidades, nas organizações da sociedade civil e até nos meios digitais, a juventude vem dando voz aos silêncios e levantando as bandeiras da justiça social, da reconciliação nacional e do desenvolvimento sustentável. A paz não é apenas a ausência de guerra. É também a presença de oportunidades, de diálogo intergeracional, de inclusão e de esperança concreta. Quando um jovem tem acesso à educação, emprego digno e participação política efetiva, está-se a construir um pilar sólido para a paz duradoura. Nas recentes inic...

Ensaio

Estudo sem Trabalho na Guiné-Bissau: Entre a Formação e o Desemprego Juvenil Autor: Miguel Vicente Datchuplam Licenciado em Ciências Políticas e Relações Internacionais --- Sumário 1. Introdução 2. A Expansão do Ensino e o Sonho da Mobilidade Social 3. Causas Estruturais do Desemprego Juvenil Qualificado 4. Impactos Sociais e Psicológicos 5. Propostas e Caminhos Possíveis 6. Conclusão 7. Referências --- 1. Introdução A juventude representa um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento sustentável de qualquer nação. Na Guiné-Bissau, apesar de avanços no acesso à educação, assiste-se a um fenómeno crescente: a formação de jovens sem a correspondente integração no mercado de trabalho. Esta situação levanta preocupações não apenas em termos económicos, mas também sociais e políticos. O presente ensaio analisa o paradoxo entre a educação e o desemprego juvenil, identificando causas estruturais, consequências sociais e caminhos possíveis para reverter este cenário que afeta diretamente ...

CRÔNICA POLÍTICA

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                     Parlamento Vazio  Na Guiné-Bissau, o Parlamento é uma casa grande demais para a pouca presença que abriga. O povo, que há muito perdeu o hábito de esperar, olha de longe o edifício onde, teoricamente, se decide o seu destino. E cada vez mais compreende: ali não se decide nada — ou, pior, decide-se tudo sem ele. Os assentos ficam vazios, não só de deputados ausentes, mas de ideias e de respeito pela pátria. Sessões adiadas, plenários suspensos, crises atrás de crises, como um teatro mal ensaiado em que os actores já não sabem a sua fala, e o público já não acredita no enredo. A ausência de debates sérios, o abandono dos compromissos eleitorais, a banalização da instabilidade política — tudo isso mina o pouco que resta da confiança popular. O Parlamento deveria ser espelho do povo, mas reflete apenas vaidades, lutas de interesse e um silêncio cúmplice com a decadência. Enquanto os representantes se ausentam, ...

CRÓNICA DESPORTIVA

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Djurtus: Entre o Fracasso e a Desorganização Os Djurtus, nome que enche de orgulho qualquer guineense ao evocar a bravura da nossa seleção nacional de futebol, atravessam uma fase conturbada. Entre o entusiasmo do povo e as realidades cruas dos bastidores, fica evidente: a nossa seleção está presa entre o fracasso desportivo e a desorganização institucional. O Fracasso que Vai Além do Campo Não se trata apenas de derrotas em campo. Perder é parte do jogo, mas quando as derrotas se tornam rotina e refletem falta de estratégia, má preparação e visível desmotivação dos jogadores, é preciso ir além das desculpas habituais. O talento individual existe – e não é pouco. Temos jogadores espalhados por clubes internacionais, com qualidade e vontade. Mas talento sem estrutura é como um leão acorrentado: forte, mas inofensivo. A Desorganização como Padrão A ausência de um plano sério de desenvolvimento do futebol nacional é gritante. Faltam campos, equipamentos, apoio logístico, salários pagos a ...
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  Lágrimas de Céu Azul Chora o céu sobre Bissau, tão azul, tão ferido, Cada lágrima carrega um grito escondido. Da lida cansada à mesa vazia, É o povo que sofre — mas não se esvazia. Criança que corre sem sapato no chão, Sonha com cadernos e pão na mão. Mãe que canta pra calar a dor, Transforma tristeza em cantiga de amor. O mar conhece cada lágrima que cai, Do pescador calado que nunca trai. Ele lança sua rede, mesmo sem certeza, Pois esperança é sua maior riqueza. Homens e mulheres, de olhar resistente, Com passado quebrado e fé persistente. Suas mãos calejadas, seu passo lentil, Caminham sob um céu de um azul infantil. Mas o azul, mesmo em pranto, não desiste, Porque sabe que esse povo ainda resiste. E nas lágrimas que molham a terra do chão, Floresce a força de uma nova geração. Miguel Vicente Datchuplam 

O MEU PAI E A SUA PARTIDA

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 Tenho apenas duas primaveras quando o meu pai parte. É tão cedo que não tenho memórias suas, nenhuma imagem guardada em fotografias, nenhum riso ou gesto seu para recordar. Ele simplesmente desapareceu da minha vida antes mesmo que eu pudesse compreendê-lo. Sem fotos, sem histórias contadas por ele, fico preso a um silêncio que fala alto. As pessoas falam do meu pai, mas eu não consigo formar uma imagem clara na minha mente — ele é uma sombra vaga, um nome que soa distante. Essa ausência completa me acompanha como um mistério sem resposta, uma falta que não sei bem como preencher. O que dói não é só a falta física, mas o vazio das lembranças. Não tenho um único momento seu para guardar no coração, nenhum gesto que me faça sentir perto. Cresci com perguntas mudas, com a vontade de entender quem ele foi, por que se foi tão cedo, e o que teria sido se tivesse ficado. Apesar disso, aprendi a seguir em frente, construindo a minha história sem o passado dele para me apoiar. A ausência d...

CARTA ABERTA À MINHA GUINÉ

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 À República da Guiné-Bissau   Aos seus digníssimos filhos e filhas,   À sua memória, presente e futuro.   Assunto: Reflexão sobre o estado da nossa Nação   Prezada Guiné-Bissau,  Dirijo-me a ti por meio desta carta aberta, não apenas como cidadão, mas como filho que carrega no peito a tua dor, os teus silêncios e a tua imensa beleza.  Escrevo-te com respeito, saudade e esperança, com o firme propósito de dialogar contigo, mesmo que simbolicamente, sobre o que és, o que foste e o que, juntos, podemos ser.   És uma pátria rica em história, cultura e resistência. Do espírito de Amílcar Cabral à força do povo que luta todos os dias pela sobrevivência, tens demonstrado ao mundo a tua coragem.  No entanto, é impossível calar a preocupação que me assombra ao ver-te ainda marcada por instabilidades políticas, promessas vazias e ausência de serviços básicos que garantam dignidade ao teu povo. Numa terra onde tantos morrem s...

A fuga dos quadros na Guiné-Bissau

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Por Miguel Vicente Datchuplam  A fuga dos quadros tem sido um dos maiores desafios que a Guiné-Bissau enfrenta. Jovens formados, cheios de sonhos e com vontade de contribuir para o desenvolvimento nacional, acabam por abandonar a pátria em busca de melhores condições de vida no estrangeiro. Essa realidade dolorosa empobrece ainda mais a nossa nação, não apenas em termos económicos, mas sobretudo em termos humanos e intelectuais. Num país onde os recursos naturais abundam, mas as oportunidades escasseiam, a frustração cresce. Muitos quadros recém-formados deparam-se com a falta de emprego digno, salários baixos, ausência de incentivos e uma administração pública marcada pela corrupção e favoritismo. Como esperar que esses jovens permaneçam se não são valorizados nem respeitados? A fuga dos cérebros representa uma perda dupla: investimos na formação desses profissionais e depois perdemo-los para países que reconhecem o seu valor. Médicos, professores, engenheiros, juristas — todos fo...

A REINANÇA DOS MACACOS NAS MATAS DE CANTANHEZ

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Uma fábula sobre o poder, a opressão e a revolta Há muitos e muitos anos, nas densas matas de Cantanhez, na Guiné-Bissau, viviam animais de diferentes espécies. Mas, apesar da diversidade, a floresta era governada apenas por macacos. Nessa república de democracia falhada, os animais viviam oprimidos, silenciados pelo medo. Opinar era perigoso, mesmo quando se tinha razão, porque o Rei Macaco era o “dono disto tudo”. Queria controlar tudo, das decisões mais pequenas às mais importantes. O Conselho dos Anciãos, que antes representava a sabedoria da floresta, tornara-se apenas uma extensão da sua vontade. A justiça? Era surda para os fracos. O medo habitava todos os cantos da mata. O Rei gabava-se de tudo. Dizia-se bonito — tão belo quanto uma mulher formosa — e orgulhava-se do seu poder. Mas, enquanto ele se vangloriava e enriquecia, os outros animais definhavam na miséria, com fome e desespero. Não se importava com a vida alheia. Raptos, espancamentos, silenciamentos: quem ousasse dizer...

Quando a farda se confunde com o crime: O roubo de gado e a descredibilização das Forças Armadas na Guiné-Bissau

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Por Miguel Vicente Datchuplam Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais Num país como a Guiné-Bissau, onde a fragilidade institucional e os desafios à boa governação já são por si complexos, a participação de militares em atos de criminalidade comum, como o roubo de gado, representa uma afronta grave ao Estado de Direito e à segurança das populações rurais. O roubo de gado, prática antiga e persistente no leste e norte do território nacional, tem gerado perdas avultadas para criadores e comunidades camponesas. No entanto, o que mais preocupa atualmente não é apenas o roubo em si, mas as reiteradas denúncias da implicação de elementos das forças armadas e da guarda nacional na coordenação, proteção e execução desses atos criminosos. Relatos oriundos de regiões como Gabu, Bafatá e Oio apontam para um padrão: homens armados, alguns identificados como militares em serviço ou fora dele, participam diretamente no furto de gado ou garantem a “segurança” da operação para que o g...

REFLEXOS E DESAFIOS: OS HOMENS DO MEU PAIS E A POLÍTICA

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Por Miguel Vicente Datchuplam Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais  Há, na política da Guiné-Bissau, um espelho partido onde os homens se veem e não se reconhecem. Um reflexo distorcido dos heróis que juraram liberdade, mas cujas sombras, hoje, rondam os corredores do poder como espectros de uma independência inacabada. Desde os dias do sonho revolucionário, em que se gritava "terra a quem nela trabalha", os homens da política guineense foram se afastando do povo e se aproximando do privilégio. O Estado, concebido para ser um instrumento de justiça social, foi, pouco a pouco, transformado em propriedade privada — repartido como quem divide espólios de uma guerra vencida sem paz. E assim, os palácios tornaram-se fortalezas, e os gabinetes, trincheiras. Os discursos, repetições de promessas cansadas. E os partidos, clubes fechados onde o debate dá lugar à lealdade cega. Os homens, outrora camaradas de luta, tornaram-se senhores de feudos políticos, onde a id...

NUMA NAÇÃO DEMOCRÁTICA, A SOCIEDADE CIVIL TEM VOZ — MAS OS “POLÍTICOS ” QUEREM NOS CALAR

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Por: Miguel Vicente Datchuplam  Numa verdadeira nação democrática, a sociedade civil é o coração pulsante da participação cidadã. É através dela que o povo se organiza, reivindica direitos, fiscaliza o poder e propõe mudanças. A democracia não se resume ao ato de votar, mas se realiza plenamente quando cada cidadão pode se expressar, mobilizar e lutar por justiça social, transparência e dignidade. Contudo, em muitos contextos, os chamados “políticos” — aqueles que deveriam ser representantes do povo — esquecem sua missão. Uma vez no poder, agem como donos da vontade popular. Tentam silenciar críticas, ignorar reivindicações e deslegitimar movimentos sociais. Criam obstáculos, censuram vozes dissidentes e tratam a participação da sociedade civil como uma ameaça, e não como um pilar essencial da democracia. Essa tentativa de calar o povo é um ataque direto à liberdade e à construção de uma sociedade mais justa. Mas a história mostra que, mesmo diante da repressão e da tentativa de si...

OPINIÃO PUBLICA: A Falha da Democracia na Guiné-Bissau

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 A Falha da Democracia na Guiné-Bissau Por: Miguel Vicente Datchuplam  Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais  A democracia, entendida como o poder exercido pelo povo, deveria ser a base de um Estado justo e estável. Na Guiné-Bissau, apesar da existência de uma Constituição, de eleições periódicas e de instituições republicanas, a prática democrática continua profundamente comprometida. A instabilidade política crônica, a corrupção generalizada e a fragilidade institucional demonstram que a democracia no país tem falhado em cumprir seu propósito fundamental: garantir o bem-estar e a soberania popular. Desde a independência, a Guiné-Bissau tem enfrentado sucessivos golpes de Estado, interferências militares e mudanças abruptas de governo. Esses eventos minam a confiança do povo nas instituições e interrompem qualquer tentativa consistente de desenvolvimento político e econômico. O poder, muitas vezes, é disputado entre elites políticas e militares, enquan...

MULHER, SEJA SEMPRE AFRICANA

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 Mulher, Continua a Ser Africana, como Fizeste no Dia da África Continua a erguer a cabeça com a mesma dignidade com que celebraste o dia da tua origem. Deixa que cada passo teu lembre o som do batuque que embalou os teus ancestrais. Usa o teu pano com orgulho, como quem veste história, como quem carrega reinos na pele. Mulher, continua a ser africana no falar firme, no olhar profundo, na força silenciosa que transforma o mundo. Não deixes que te apaguem, nem que te moldem. Tu és raiz, és flor, és fruto. És a que dança com os pés na terra e os olhos no futuro. No Dia da África, lembraste a tua origem. Mas nos outros dias, reafirma o teu lugar. Na sala de aula, no mercado, no lar — seja exemplo, seja voz, seja presença. Continua a ser africana quando amares, quando sonhares, quando lutares por justiça. Não esqueças que a tua beleza está no que te torna única — Na tua língua, na tua pele, no teu cabelo, na tua coragem. És filha de rainhas, irmã de guerreiras, mãe de gerações. És Áfri...

SEJA AFRICANO TODOS OS DIAS

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   Ser africano vai muito além de celebrar o Dia de África (25 de maio). Ser africano é um compromisso diário com as nossas raízes, culturas, valores e identidades. É reconhecer a beleza da diversidade dos nossos povos, a força da nossa história e a riqueza das nossas línguas, tradições e saberes. O Dia de África é um marco importante, sim. É o momento em que celebramos a libertação dos povos africanos do colonialismo e reafirmamos a luta pela unidade, paz e desenvolvimento do nosso continente. Mas não podemos limitar o orgulho africano a um só dia no calendário. Ser africano é falar com orgulho a nossa língua materna, valorizar os nossos produtos locais, respeitar os mais velhos e cuidar da nossa terra. É defender os nossos direitos, estudar a nossa história e trabalhar para um futuro melhor para todos. É também combater os preconceitos e construir uma África onde todos possam viver com dignidade. Por isso, sejamos africanos todos os dias. Com consciência, com amor e com açã...

Agradecimento ao partido vencedor das eleições legislativas de 4 de junho e aos partidos com assento parlamentar

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 OPINIÃO PÚBLICA Miguel Vicente Datchuplam Licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais  Agradeço a Coligação PAI- TERRA RANKA pelo objetivo alcançado. Assumir a governança de um país é assumí-lo com grande responsabilidade, lembrando sempre que, o povo foi quem escolheu, devemos levar em conta o interesse do povo e o interesse do país e não um certo grupinho de pessoas. Aos partidos que não conseguiram assento no parlamento, que continuam a trabalhar em prol do interesse Nacional e da Democracia. Caro Líder de PAI-TERRA RANKA, mais uma vez felicito essa consagrada vitória, que o governo seja formado pensando pelo nosso bem (bem do povo Guineense). Foi a Guiné-Bissau quem ganhou essas legislativas, devemos sempre unir, juntando as nossas mãos rumo à construção da nossa querida Pátria, que o diálogo seja a ferramenta principal entre os filhos de Guiné. Ódio, intriga... só nos faz voltar atrás. Caros Deputados e futuros Ministros e Secretários/as de Estado, ao assum...

Guiné-bissau acima de tudo

 Não defendo nenhum partido político e nem um grupo de pessoas. O meu interesse é para com o país e o povo desse país (Guiné-bissau), devemos por em mente que a pátria não é de ninguém, é de todos nós. Devemos estar de mãos unidas para desenvolvê-la, quem tem um pensamento negativo, que só destrói e não constroe, essa pessoa não pensa o melhor para o pais. Não devemos estar acima das leis, essas leis foram criadas para regular a nossa conduta dentro da sociedade, ninguém é superior e nem inferior a lei, somos todos iguais. Devemos tratar o qual com o igual e o diferente com o diferente.

Voto Consciente: um forte instrumento de mudança política e social guineense

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É importante que o eleitor procure se informar a respeito das ideias do partido político ao qual o seu candidato está filiado, pois a ideologia partidária – ou seja, os propósitos daquela legenda – está ligada ao que o candidato escolhido realizará se for eleito. O eleitor deve estar atento à atuação de cada candidato. Aqueles que possam tentar comprar votos ou oferecer alguma vantagem em troca de apoio político certamente continuarão a promover a corrupção se forem eleitos. Precisamos entender, contudo, que nem todo político é igual ou corrupto. Existem candidatos interessados em promover uma mudança social e política, por isso devemos buscar conhecer as propostas do candidato e do seu partido, assim como o seu passado. De outra parte, considerando que, nas eleições legislativas deste ano, haverá disputa , é importante para o aperfeiçoamento da conscientização cívica.
Aprenda: quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia. O povo é forte , juntos somos mais do que eles. Sei que quase ninguém leu, mas serve para o que estamos passando hoje na política da Guiné- Bissau. Precisamos tomar as rédeas do nosso país. Estamos a deriva, jogados, sem ninguém por nós.

Transar é Arte

Transar é arte, gozar faz parte, engravidar é moda. Mas assumir é foda .

PAZ PARA A GUINÉ- BISSAU

QUERO A PAZ PARA A MINHA GUINÉ-BISSAU Os tempos sofrem mudanças e nem sempre para melhor, nem idosos, nem crianças se sentem em segurança, porque as mentes mais perversas desprovidas de valores(a quem os senhores doutores , que fazem valer as leis rotulam de esquizo frénicos para tentar justificar todas as atrocidades com contornos de malvadez , com que sem humanidades e rouba a dignidadee a inocência, por vezes... Na era da insegurança mata-se à queima roupa , sem que a consciência pese, deixando filhos sem pais, deixando um rasto de medo . E os assaltos diários vão espalhando o terror com rostos encapuzado s que nada têm de humanos vendem a alma ao diabo e atormentam a gente. Se há sol que chegue para todos, porquê ódios, porquê guerras? Soltem a pomba da paz deixai-a voar nos céus, sem temores, sem amarras Quero a minha terra em paz, quero a paz na minha Guiné-Bissau!

Soft Power e Hard Power

O hard power contra o Soft Power  Alguns cientistas políticos distinguem entre os dois tipos de poder: Hard e Soft. O primeiro é coercitivo e o segundo é de atração. O hard power se refere a táticas coercitivas: a ameaça de uso das forças armadas, pressão econômica ou sanções, assassinato e subterfúgios, ou outras formas de intimidação. O hard power é geralmente associado às nações mais fortes, que podem mudar os assuntos internos de outras nações através de ameaças militares. Realistas e neo-realistas, como John Mearsheimer, são defensores do uso de tal poder para o equilíbrio do sistema internacional. Joseph Nye é o principal defensor e teórico do soft power. Os instrumentos do soft power podem incluir debates sobre valores culturais, diálogos sobre a ideologia, a tentativa de influência por meio de um bom exemplo e o apelo normalmente reconhecido sobre os valores humanos. Meios de exercer o soft power podem incluir a divulgação da diplomacia, da informação, análise, propag...

Analise bem

Tire um tempo para analisar e ouça mais do que fala, sinta mais do que julga, perceba a vida em sua totalidade, tal como ela é. Nesse momento, você pode entender as peculiaridades e, assim, encontrar solução para aquilo que te perturba ou até mesmo compreender algumas situações da sua vida.  Silenciar-se é um ato de sabedoria e traz ótimos resultados.
Devemos expulsar os políticos demagogos e hipócritas Não custa nada insistir na busca de um novo tipo de político que alie o discurso a pratica.  A sociedade guineense não suporta mais conviver com políticos que dizem uma coisa no momento de campanha eleitoral  e fazem outra quando estão no poder. Chega de políticos que fazem da atividade política um meio para atingir objetivos pessoais.  O político guineense, nesse caso não convém citar nem o termo exceção, porque são tão poucas, que num universo tão amplo, pouco ou quase nada representam.  E quando o político guineense  representa uma exceção em termos comportamentais; geralmente não tem o devido preparo para representar os interesses da população.